Bem-vindos,
leitores. Somos estudantes do 1º quadrimestre do curso de Bacharelado em
Ciência & Tecnologia e estamos aqui para fazer uma divulgação científica sobre a
árvore da vida e para esclarecer pontos à cerca de uma pergunta que com certeza
muitos de vocês já fizeram, somos realmente todos parentes?
Introdução
Ser parente é possuir um ancestral em comum.
Para entender se todos temos essa origem em comum, precisamos analisar como se
deu o surgimento e desenvolvimento da vida na terra.
Surgimento:
- Surgimento da vida na terra
O surgimento da vida na terra é uma questão que é pauta de debates a muito tempo.
Para analisar o início foi necessário estudos de como a vida era originada, o
que resultou em uma discussão entre biogênese e abiogênese. Nesse contexto a
hipótese mais aceita foi a de Pasteur que demonstrou a partir de um experimento
que a vida se originava somente a partir de outro ser vivo.
Após o entendimento de como a vida se
originava, apareceu a questão: como surgiu o primeiro ser vivo?
Para responder tal questão foram
desenvolvidas novas teorias, como a vinda de seres vivos do espaço (panspermia)
ou então a que recebe mais aceitação atualmente que diz sobre o surgimento da
vida a partir da química, de maneira que o primeiro ser vivo seja proveniente da
abiogênese.
Porém, nenhuma das teoria conseguiu
explicar inteiramente como teria sido originado o primeiro ser vivo, portanto,
esse é um tema que continua sendo pesquisa, para quem sabe um dia termos uma
resposta mais conclusiva.
Desenvolvimento:
- Continuidade evolutiva
A fim de tracejar nossa linha de pensamento, é possível citar a filogenia, a
qual pode ser classificada como uma descrição da história evolutiva de relações
entre os organismos. Desse conceito, surge a árvore filogenética, onde ela
mostra ao leitor, uma demonstração evolutiva dos seres vivos, a partir da
formação de partes como: a raiz, nódulos e ramos. Na raiz é possível analisar o
ancestral em comum dos indivíduos descritos nos ramos, já nos nódulos é onde
descreve a divisão de uma linhagem em duas (como na imagem).
Em síntese, pode-se dizer que a humanidade surgiu de um parente em comum, logo
que, todas as pessoas que compartilham um gene, consequentemente compartilham
um mesmo ancestral, o qual é o ser em que aquela mutação surgiu originalmente.
Logo é desenvolvida assim, uma continuidade evolutiva.
- Evolução humana
O processo de evolução humana é caracterizado por uma série de mudanças
físicas, comportamentais e cognitivas que nos distinguem de nossos ancestrais
primatas. Desde os primeiros hominídeos que passaram a andar eretos até a
complexidade da mente humana atual, a evolução humana nos mostra de que forma
os seres humanos se adaptaram e sobreviveram ao longo do tempo. A existência de
um ancestral em comum entre os humanos e os macacos é um fato e foi provado que
compartilhamos pelo menos 98,7% de patrimônio genético, mostrando o quão
próximos somos dos primatas na árvore da vida.
Evidências atuais:
- Ancestral comum
O ancestral em comum de todos os seres humanos, não se trata de um indivíduo
específico para a origem humana, mas sim a grupos de grandes primatas. Com base
no estudo da evolução dos símios, sabe-se que esse ancestral adotava uma
postura mais bípede em relação aos outros primatas, também tinha um
comportamento social complexo em relação a outros animais e habitava regiões
próximas das savanas.
O ancestral conhecido é o Sahelanthropus
Tchadensis, que se assemelha bastante ao Homo Sapiens por conta do seu orifício na base do crânio que se
conecta a coluna vertebral, favorecendo a postura bípede. Vale lembrar que o
processo evolutivo não ocorreu de maneira abrupta e foram necessárias diversas
espécies intermediárias até chegarmos ao ser humano moderno.
Para compreender melhor a nossa tese, é fato que devemos falar sobre a árvore
da vida, a qual, representa a teia complexa da evolução dos seres vivos, e as
características compartilhadas entre espécies são peças-chave para entender
essa interconexão. O livro "A Árvore da Vida" explora esse
simbolismo. Neste livro, as características compartilhadas são retratadas
através das semelhanças anatômicas e comportamentais entre os diferentes grupos
de organismos. Por exemplo, ele pode mostrar como asas, patas ou olhos têm
estruturas semelhantes em diversas espécies. E os estudos de Woese e Hug também
podem ser citados, já que destacam a relevância da genômica na compreensão das
relações evolutivas entre os seres vivos e na construção da Árvore da Vida com
base em características genéticas compartilhadas. Essa interligação mostra que,
apesar de nossas diferenças, todos os seres vivos estão intrinsecamente ligados
como parentes evolutivos.
- Evidências genéticas
A ciência comprova que quanto mais
semelhança genética entre as espécies, mais perto está o ancestral comum delas.
Olhando diretamente para o material genético, nota-se que os seres vivos
possuem um ancestral comum, ainda que muito distante. Já que se pares forem
comparados, acha-se trechos de DNA iguais e trechos diferentes. Importante
citar, que conforme os anos, a estrutura do material genético foi mudando,
dando origem a mais sequências repetidas.
O que ocorre na prática e faz com que
haja muitas espécies de seres-vivos, é que ocorre mutações nas duplicações das
células, assim, o que seria um indivíduo igual ao anterior, por conta de
"falhas" na leitura do código genético, se transforma em um indivíduo
com alguma diferença do seu antecessor. Com o passar dos anos, muitas mutações
foram geradas, assim como muito indivíduos, produzindo muita variabilidade genética
e organismos muito distintos, tanto geneticamente, como fisicamente.
Conclusão:
O surgimento da vida na Terra continua sendo um mistério,
embora existam diversas teorias, nenhuma delas tenha sido definitivamente
comprovada. A teoria evolutiva, no entanto, nos oferece uma perspectiva
interessante, sugerindo que a vida como a conhecemos hoje é resultado das
mutações ocorridas em espécies primordiais ao longo do tempo.
Apesar de não termos uma compreensão definitiva sobre sua origem, a evolução
nos leva a concluir que os seres vivos possuem um ancestral comum e, portanto,
compartilham um grau de parentesco. Essa conexão é evidenciada pelas
semelhanças genéticas encontradas entre diferentes organismos.
Assim, embora o início da vida permaneça como um enigma, a teoria evolutiva nos
fornece uma base sólida para entender as relações complexas que existem entre
os seres vivos e como a diversidade biológica se desenvolveu ao longo das eras.
Referências:
Referências:
- https://www.blogs.unicamp.br/vqeb2/2002/05/13/diferenca-genetica-entre-humanos-e-chimpanzes/
- Algumas controversias sobre a origem da vida - https://www.scielo.br/j/qn/a/36JNjcHsQsJPY99xq8RV6hB/?lang=pt
- Reece. 2015 . Biologia de Campbell - A história da vida na Terra - cap25
- filogenia dos seres vivos - http://qualibio.ufba.br/003.html#:~:text=Dessa%20c%C3%A9lula%20primitiva%20originaram%2Dse,origem%20comum%20(sinapomorfia%201).
- https://projetosemear.ib.usp.br/o-que-a-comparacao-entre-especies-nos-informa.html
- https://www.blogs.unicamp.br/vqeb2/2002/05/13/diferenca-genetica-entre-humanos-e-chimpanzes/
- Algumas controversias sobre a origem da vida - https://www.scielo.br/j/qn/a/36JNjcHsQsJPY99xq8RV6hB/?lang=pt
- Reece. 2015 . Biologia de Campbell - A história da vida na Terra - cap25
- filogenia dos seres vivos - http://qualibio.ufba.br/003.html#:~:text=Dessa%20c%C3%A9lula%20primitiva%20originaram%2Dse,origem%20comum%20(sinapomorfia%201).
- https://projetosemear.ib.usp.br/o-que-a-comparacao-entre-especies-nos-informa.html
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